Estudos


Os três tipos de santificação

01. Santificação Posicional
1. Evento passado nascimento espiritual - “Eu fui salvo” (Ef 2.8,9)
2. Salvação da pena do pecado
3. Consagração do corpo (1 Co 6.19,20)
4. Início da redenção da alma

02. Santificação Progressiva - “Eu estou sendo salvo” (Tg 1.21)
1. Processo: presente crescimento espiritual
2. Salvação do poder do pecado
3. Deterioração do corpo (2 Co 4.16)
4. Continuação da redenção da alma

03. Santificação Perfectiva - “Eu serei salvo” (1 Ts 5.9)
1. Evento futuro: perfeição espiritual
2. Salvação da presença do pecado
3. Redenção do corpo (Rm 8.23)
4. Conclusão da redenção da alma

CONCLUSÃO:
Justificação e regeneração
Santificação
Glorificação


Extraído de O Poder da Santificação, CPAD, pp. 6,7.

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02 -
Evidências de uma verdadeira conversão

“Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (Atos 9.3-4)

Numa rua de Londres, um bêbado cambaleante certo dia encontrou-se comSpurgeon.
Reconhecendo o pregador, lhe perguntou se este não o reconhecia. Quando Spurgeon respondeu que não, o ébrio argumentou: "Mas o senhor devia conhecer-me; sou um dos seus convertidos". Então lgo veio a resposta: "Isso pode ser. Se o senhor fosse um converso de Deus, não estaria nessascondições".

Assim como este bêbado, muitos dizem serem convertidos, mas na verdade nunca foram. A conversão de Saulo nos mostra evidências de uma verdadeira conversão.

Esta conversão é tão significativa que Lucas registra três vezes no livro de Atos, capítulos 9, 22 e 26. Analisando a vida de Saulo, quais são as evidências de uma verdadeira conversão?

I) MUDANÇA DE VIDA

Quem era Saulo? Ele mesmo responde essa pergunta três vezes na Bíblia nos capítulos 22 e 26 de Atos e Gálatas 1. Ele era perseguidor da igreja de Cristo, assim perseguidor de Cristo.
Saulo era judeu, contudo nasceu em Tarso da Cicília (Atos 22.3) – A cidade de Tarso é hoje a atual Turquia – Essa cidade era famosa por suas escolas. Ele era fariseu (At.23.6; 26.5; Fp 3.5).

O primeiro possível aparecimento do apóstolo no NT, foi no julgamento de Estevão em Atos 6.8-15. Quando Estevão é apedrejado, encontramos Saulo (v.58). Para entendermos melhor o que Saulo estava fazendo ali, precisamos ir até o livro de
Deuteronômio: “Por depoimento de duas ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; por depoimento de uma só testemunha, não morrerá. A mão das testemunhas será a primeira contra ele, para matá-lo; e,depois, a mão de todo o povo; assim, eliminarás o mal do meio de ti.”(Dt 17.6,7).

As testemunhas eram as primeiras a jogar pedras. No texto de Atos as vestes daqueles que arremessavam pedras foram jogadas aos pés de Saulo. Com isso vemos que ele consentiu na morte de Estevão (cf Atos 8.1). E sobre isto ele confessa:
“e assim procedi em Jerusalém. Havendo eu recebido autorização dos principais sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e contra estes dava o meu voto, quando os matavam.” (Atos 26.10).

Veja a destruição que este homem causou à igreja: “Saulo, porém, assolava a
igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres,
encerrava-os no cárcere”. (Atos 8.3). O verbo empregado para “assolava” é
o mesmo verbo “devastar” empregado no Salmo 80.13 em relação a um
animal selvagem. Essa devastação está registrada em Atos 9.21 e Gálatas
1.13,23 – verbos como devastar, perseguir e destruir são usados para
descrever o comportamento de Saulo antes da conversão - Ler Atos 26.9-11.
Saulo era tão mal que os crentes não acreditaram que ele havia convertido (Atos 9.26).

Este era Saulo antes de encontrar com Jesus, porém se torna de
perseguidor a pregador do evangelho.

O que é uma mudança de vida? No grego a palavra “conversão” (metanóia), literalmente significa “mudar de mente”, “arrependimento”. Veja o uso dessa palavra: “… O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.”(Marcos 1.5). Isso significa abandonar o velho homem (cf Romanos 6.6). O próprio Saulo depois afirmou: “… já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”(Gálatas 2.20). Este homem
teve a sua mente mudada, os seus objetivos eram outros. Ele era um crente!Uma mudança real de vida é evidência da verdadeira conversão.

A segunda evidência de uma verdadeira conversão na vida de Saulo foi sua…

II) COMUNHÃO COM DEUS

No verso 9 lemos: “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu.”(Atos 9.9). Saulo teria passado três dias orando e jejuando. Ele tinha percebido que estava perseguindo o próprio Deus. E isso deve ter causado em Saulo uma profunda consciência do pecado. Não é sem motivo que ele depois de alguns anos se identifica como principal pecador: “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” (I Timóteo. 1.15 e I Coríntios.15. 9). E sobre esta comunhão, o próprio Senhor disse a Ananias: “… Dispõe-te, e vai à rua que se chama Direita, e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois ele está orando.” (Atos 9.11)

O seu coração cheio de fúria e ódio foi lavado pelo sangue do Cordeiro e preenchido pelo amor de Deus (Efésios.3.19). Em todas as suas cartas ele vai dar sinais de alguém que anda com Deus. Veja alguns textos:“Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.”(Gálatas 1.10); “tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4.13).

Uma comunhão verdadeira com Deus é parte da verdadeira conversão.
A terceira e última evidência da verdadeira conversão na vida de Saulo foi seu…

III) DESEJO DE PREGAR O EVANGELHO

Ele se torna um evangelista: “E logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus.”
(Atos 9.20). A partir do versículo 20, nós vamos ver em Saulo um comportamento muito comum na vida de um convertido: pregação do evangelho.

“Estava com eles em Jerusalém, entrando e saindo, pregando ousadamente em nome do
Senhor.”(Atos 9.28) - Saulo foi mandado para Cesaréria e dali para Tarso a sua terra natal. Lá ele ficou alguns anos, possivelmente pregando o evangelho. Depois desses anos Barnabé foi até ele (Atos. 11.25), e encontrando-o, o levou para Antioquia, para pregarem lá o evangelho. E assim deu-se início a história missionária do apóstolo Paulo.

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;”(Romanos 1.16)

“Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.” (1 Coríntios 9.22)

O exemplo de Saulo nos ensina que a conversão gera no novo discípulo de Cristo o desejo de pregar o seu evangelho. Este é um sinal encontrado na vida de um verdadeiro convertido.

CONCLUSÃO:
Saulo (que teve o nome mudado para Paulo por estratégia missionária) era um perseguidor implacável da igreja, mas o encontro com Cristo, tornou-se um grande pregador da Palavra de Deus. E você? O que você era antes de encontrar com Jesus? E o que você é agora? É tempo de analisar se há em você evidências da verdadeira
conversão. Se o evangelho não tivesse sido pregado a você, onde você estaria agora? Como estaria a sua vida? Pense nisso e anuncie o evangelho Cristo.







 
E
smolas
Certo dia, Pedro e João estavam subindo ao templo na hora da oração, às três horas da tarde. Estava sendo levado para a porta do templo chamada “Formosa” um aleijado de nascença, que ali era colocado todos os dias para pedir esmolas aos que entravam no templo. Vendo que Pedro e João iam entrar no pátio do templo, pediu-lhes esmola. Pedro e João olharam bem para ele e, então, Pedro disse: "Olhe para nós!" O homem olhou para eles com atenção, esperando receber deles alguma coisa. Disse Pedro: "Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ande". Segurando-o pela mão direita, ajudou-o a levantar-se, e imediatamente os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes. E de um salto pôs-se de pé e começou a andar. Depois entrou com eles no pátio do templo, andando, saltando e louvando a Deus.
Atos 3:1-8


Pedro e João viram o aleijado que ficava pedindo dinheiro no portão do templo mas eles não deram apenas esmolas. Pedro orou pela cura do homem, e pelo poder que há no nome de Jesus, o aleijado foi curado. Foi muito mais do que uma simples esmola!

Quando todo o povo o viu andando e louvando a Deus, reconheceu que era ele o mesmo homem que costumava mendigar sentado à porta do templo chamada Formosa. Todos ficaram perplexos e muito admirados com o que lhe tinha acontecido.
Atos 3:9-10


Quando o ex-aleijado entrou no templo, as pessoas ficaram admiradas em ver ele curado. Muitas das pessoas que iam ao templo talvez dessem esmolas, outras olhavam para ele e tinham alguns sentimentos que nada produziam e umas simplesmente desviavam o olhar, enfim, somente davam “esmolas”.
Muitas vezes vemos necessitados por Jesus e temos a cara de pau de virar o olho para outra direção e seguir em frente (Na verdade fazendo isso estamos seguindo é pra trás,ou melhor, pra baixo, se é que me entende), em outras situações mesmo enxergando a necessidade de fazer algo ESPERAMOS pedirem ajuda. Pedro foi pró-ativo, ele viu o aleijado e NÃO ESPEROU ELE PEDIR, e com um olhar de amor viu a necessidade daquele homem, o que poderia fazer para ajudar de fato na situação e fez. Ele não ofereceu simples esmolas e sim o poder de Deus, através de uma oração sincera, na qual muitos de nós pouco fazemos e esquecemos o quão é importante e o quanto Deus pode fazer através dessa arma.

E a oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado.
Tiago 5:15


Não espere as pessoas pedirem, esteja pronto para agir e creia no poder de Deus para curar e salvar. Peça ao Senhor para dar a você esse olhar de amor pelo próximo. Pare de oferecer “esmolas” e ofereça Jesus!

Graça e Paz!


Jesus, a verdadeira vida que dá sentido à vida




1. A Primeira Carta de João não começa nem termina como uma carta. Não tem introdução nem conclusão. Foi escrita por volta do ano 90 d.C. Muitos os cristãos eram cristãos da segunda geração.
2. O perigo que esta carta aborda não era a perseguição, mas a sedução. O perigo do qual Jesus (Mt 24:11) e Paulo alertaram (Atos 20:29-30). A grande ênfase de João é às diferenças entre o genuíno e o falso cristão, e a como discernir entre ambos. O erro dos falsos mestres era teológico (2:26) e ético (2:29; 3:7,10). Ilustração: Um falso cristão é como uma nota falsa. Enquanto você não sabe que ela é uma nota falsa você pode fazer muitas coisas boas com ela: comprar comida, remédio, pagar escola, fazer caridade. Mas quando a nota chega no banco eles descobrem que ela é falsa e precisa sair de circulação. Um crente falso pode fazer coisas boas, mas no dia do juízo ele será lançado no lago de fogo.
3. A heresia que estava atacando a igreja naquele tempo era o GNOSTICISMO. O gnosticicismo pregava o dualismo grego, ensinando que o espírito é bom e a matéria essencialmente má. Esses falsos mestres saíram de dentro da própria igreja (2:19). Plummer resume os dois principais pontos da doutrina gnóstica como: a impureza da matéria e a supremacia do conhecimento.
4. Os falsos mestres gnósticos negavam: 1) A messianidade de Cristo – “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?…” (2:22); 2) A encarnação de Cristo – “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, esse é o espírito do anticristo…” (4:2-3).
5. Outra heresia foi o DOCETISMO. Afirmavam que o corpo de Cristo foi apenas um fantasma sem substância e que seu corpo era puramente espiritual. Diziam que Jesus era um homem comum e que ele se tornou Cristo no batismo e que deixou de ser Cristo na morte. João combate essa heresia mostrando que Jesus tinha sido visto, ouvido e tocado (1:1).
6. A crença gnóstica não era apenas heterodoxa, mas também conduzia ao desvio moral. Se o corpo é matéria e é mal, então, essa crença produzia ascetismo ou libernatinagem. Mas João mostra que um verdadeiro cristão não apenas tem a crença certa, mas também a vida certa (1:6; 2:4-6; 3:6,9).
7. O GNOSTICISMO criava também uma elite espiritual, com dois graves erros: 1) Estavam acima do pecado – Pensavam que o pecado havia deixado de existir para eles. Eram super-espirituais e que haviam chegado à perfeição. João combate essa heresia (1:8-10); 2) Olhavam com desprezo os mais fracos – João combate essa heresia mostrando que a prova do verdadeiro cristão é o amor (2:9-11; 3:14-17; 4:10-12; 4:20-21).
8. João escreve para a igreja para lhe dar certeza da vida eterna (5:13). Robert Law em seu comentário de 1 João “The Tests of Life” denomina as três provas cardinais com as quais podemos julgar se possuímos ou não a vida eterna: 1) A primeira é teológica, se cremos que Jesus é o Filho de Deus (3:23; 5:10,13); 2) A segunda prova é moral, se estamos praticando a justiça e guardando os mandamentos de Deus – O pecado é incompatível com a natureza de Deus (1:5), com a obra de Cristo (3:5), e com o novo nascimento do crente (3:9); 3) A terceira prova é social, se nos amamos uns aos outros (4:7,8).
9. No parágrafo (1:1-4) o tema central é Jesus, o verbo da Vida. João abre sua carta falando sobre Jesus. Quem é Jesus. Como podemos conhecê-lo. Como ele pode ser experimentado. Como ele deve ser proclamado. Qual a principal razão da sua vinda ao mundo. Vejamos este texto:
I. A VIDA É ETERNAMENTE EXISTENTE – V. 1a
• O Filho Eterno era antes da sua manifestação histórica. Com Deus não há começo. Com ele não haverá fim. No começo de toda a criação, o Verbo da vida já existia. Ele é antes do começo. Ele não foi criado, ele é o criador. Ele não teve origem, ele é a origem de todas as coisas.
• Algumas pessoas perguntam: Quem criou Deus? Quando Deus começou a existir? O que fazia Deus antes de criar todas as coisas? Deus não foi criado. Ele nunca passou a existir, porque ele sempre existiu. Deus vivia em plena harmonia de amor, antes mesmo da criação.
II. A VIDA É MANIFESTADA – V. 1,2
• O eterno penetrou no tempo e foi manifestado aos homens. O verbo se fez carne e assim se apresentou aos três sentidos mais importantes: visão, audição e tato (v. 1). O infinito se fez finito. O Espírito divino se fez carne. O Todo poderoso se fez servo. O criador nasceu entre os homens. Ele se comunicou com os homens, fazendo-se homem.
• O homem só conhece a Deus porque Deus se revelou. A fé cristã não é o caminho que o homem abre para Deus. Mas é Deus vindo ao homem em Cristo. Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo (2 Co 5:12).
• Deus revelou-se na natureza (Rm 1:20), nas Escrituras (2 Tm 3:16-17) e final e mais completamente em Jesus (Jo 14:9). “Quem me vê a mim, vê o Pai”.
• Por que Jesus é o Verbo da Vida? Porque Cristo é para nós o que as nossas palavras são para os outros. Nossas palavras revelam para os outros o que nós pensamos e como nós nos sentimos. Cristo revela para nós a mente o coração de Deus. Conhecer a Cristo é conhecer a Deus.
• João mostra para nós que Jesus é o verdadeiro Deus (5:20) e a verdadeira vida eterna (5:20). Assim, negar que Jesus Cristo é Deus é seguir o anticristo (2:22,23).

III. A VIDA É EXPERIMENTADA – V. 2
• Jesus é o verbo da vida que não apenas se manifestou, mas que também foi experimentado. “Nós vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai” (Jo 1:14). Não é o Cristo do DOCETISMO (um fantasma). Não é o Cristo do GNOSTICISMO (uma divindade distante que não pode tocar o material e que apenas oferece emanações do seu ser). Cristo é o Deus que se fez carne. Ele é o Deus presente, que tem cheiro de gente, que chora como gente, que a sente a dor como gente. Ele é o Verbo que veio morrer por nós.
• Alguns viram Cristo para o vilipendiar, outros o viram para o adorar (v. 2).
• João teve um encontro pessoal com Cristo. Sua experiência com Cristo não era de segunda mão nem arrancada das páginas de algum livro. João conhecia a Cristo face a face. Ele sabia que Jesus era real e não um fantasma, uma visão, mas o Deus encarnado. Ele andou com Cristo, ele viu Cristo. Ele ouviu Cristo. Ele tocou em Cristo. Ele reclinou sua cabeça no peito de Cristo. Ser cristão não é conhecer de ouvir falar, mas experimentar Cristo (Jo 7:37-38).
• Jesus é a essência e o conteúdo da própria vida eterna. Conhecer a Cristo é ter a vida eterna (v. 2). A vida eterna não é apenas uma quantidade interminável de tempo no céu, mas um relacionamento estreito com Cristo (Jo 17:3; 1 Jo 1:2; 5:20).
• Você pode experimentar essa vida que é real, a vida eterna, colocando a sua confiança em Jesus!
IV. A VIDA É ANUNCIADA – V. 2-3
• Quando você experimenta essa vida que é real, a vida de Cristo, a vida eterna, então você tem uma grande alegria em partilhar essa vida com outras pessoas. Quem tem um verdadeiro encontro com Cristo não pode mais calar a sua voz.
• A manifestação da vida eterna foi proclamada, não monopolizada. João emprega dois verbos para descrever a proclamação apostólica: marturoumem – é a palavra da experiência e apangellomen – indica a autoridade da comissão. A experiência é pessoal. A comissão é derivada.
• André encontrou-se com Cristo e levou a Pedro, seu irmão.
• Felipe encontrou a Natanael e o convidou a conhecer a Cristo, usando o método: Vem e Vê.
• Os apóstolos estiveram com Cristo e disseram: Nós não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.
• Paulo disse: Ai de mim se não pregar o evangelho.
• A evangelização é uma tarefa: 1) Imperativa – Há cinco grandes comissões nos evangelhos e Atos. O crente é um faminto que encontrou pão e anuncia a outros que achou pão com fartura. É um homem morrendo pregando para outros homens morrendo. 2) Intransferível – Nem os anjos nem qualquer outra criatura pode pregar. “Se eles se calarem, eu não tenho outro método”. 3) Impostergável – Amanhã pode ser tarde demais para muitos – “Porque você não veio antes”.

V. A VIDA É ANUNCIADA COM PROPÓSITOS DEFINIDOS – V. 3-4
1. Para que possamos ter comunhão com o Pai, com o Filho e uns com os outros – v. 3
• O homem natural não pode ter comunhão com Deus por causa do seu pecado. Mas Deus enviou seu Filho. Ele se fez carne. Ele carregou no seu corpo o nosso pecado. Ele morreu pelos nossos pecados. Ele nos justificou. Ele nos perdoou. Ele nos deu um novo coração, uma nova vida. Agora, podemos ter comunhão com Deus. Podemos nos deleitar em Deus. Agora podemos ser filhos, herdeiros, ovelhas, templos, menina dos olhos de Deus. Agora Deus é o nosso prazer, a nossa alegria, o nosso alvo, a nossa vida. Essa comunhão com Deus e com Jesus é a essência da vida eterna (Jo 17:3).
• Intimidade com Cristo é a inspiração e motivo de nosso viver.
• Mas o propósito da proclamação de Cristo é também que haja comunhão entre os irmãos. A comunhão com os irmãos é derivada da nossa comunhão com Deus (1:7). Essa comunhão que houve entre os apóstolos, entre os crentes no Pentecoste, agora se estende a todos os crentes, em todos os lugares, em todos os tempos (v. 3). Assim o propósito da proclamação do evangelho é a comunhão dos filhos de Deus. O amor é a marca do discípulo (Jo 13:34-35). A união dos crentes é testemunho ao mundo e o desejo do coração de Cristo (Jo 17:21,22).
• A comunhão com Deus e uns com os outros resolve o nosso problema básico da SOLIDÃO.

2. Para que a nossa c seja completa – v. 4
• A vida é a raiz da alegria e alegria é o fruto da vida. A comunhão é a resposta de Cristo para a SOLIDÃO da vida. Alegria é sua resposta para o VAZIO e SUPERFICIALIDADE da vida.
• A alegria é uma das principais marcas da vida cristã – Fp 4:4
• A alegria não é um sentimento que nós mesmos produzimos, mas é um sub-produto de um relacionamento com Cristo (2 Co 7:6). Só na presença de Deus há plenitude de alegria (Sl 16:11).
• O pecado promete alegria e produz sofrimento. O prazer do pecado é passageiro, mas a alegria de Deus é eterna. “E a vossa alegria ninguém poderá tirar” (Jo 16:22).
• A idéia de plenitude de alegria não é incomum nos escritos de João (Jo 3:29; 15:11; 16:24; 17:13; 1 Jo 1:4; 2 Jo 12). A perfeita alegria não é possível neste mundo de pecado, porque a perfeita comunhão com Deus não é possível. O verso 4 olha para a vida do céu. Então a comunhão consumada produzirá alegria completa.



Os Sete Selos do Apocalipse

Muitas vezes ouvimos falar dos 7 selos, os quatro cavalos e os 4 cavaleiros do Apocalipse. Todos eles formam parte da mesma profecia. Os 4 cavaleiros com seus respectivos cavalos aparecem nos 4 primeiros selos.

O que representam os 7 selos do Apocalipse?
modo que algum historiador poderia decidir escrever a história da igreja em 7 volumes (cada um abordando uma época) Deus nos revelou por antecipação as características básicas de cada período ou épocapelos quais a igreja passaria. Cada selo seria equivalente a um volume. Ao abrir cada umj dos selos, São João viu como que um impressionante audiovisual profético através do qual Deus lhe indicara o que haveria de suceder desde seus dias até o fim. O primeiro selo revela as características básicas da igreja so século apostólico, e o sexto selo termina falando da segunda vinda de Cristo, chegando a culminação com o sétimo que é a vinda do senhor.
1º Selo: A Doutrina Pura.
Características básicas do primeiro selo
“…um cavalo branco(pureza) e o seu cavaleiro com um arco e foi-lhe dada uma coroa (luta e vitória); e ele saiu vencendo e para vencer” Apoc 6:1-2
A época dos santos apóstolos (seculo I) coincide com a igreja de É feso.Eles receberam a doutrinapura da bíblia para pregá-la (São Marcos 16:10-16).Enfrentaram muitas lutas (Atos 4:1-3, 18-20, 24-30, 5:17-20, 26-29, 6:8, 7:60) mas não permitiram que a doutrina fosse maculada.Houve tb grandes vitórias para Cristo: 3000 conversos no Pentecostes, poucos dias depois já havia 5000, a conversão de Saulo e o evangelho a todo o mundo conhecido (Colossenses 1:6,23). Se queremos conhecer a doutrina pura de Cristo devemos estudar a Santa Bíblia, pois nela está escrita pelos apóstolos a época do cavalo branco.

2º Selo…
Que permissão foi dada ao cavaleiro do 2º selo?
“…cavalo vermelho; e ao seu cavaleiro,foi-lhe dado tirar a pazda terra para que os homens se matassem uns aos outros, também lhe foi dada uma grande espada” Apoc 6:3-4
A cor vermelha e os símbolos deste selo falam indiscutivelmente de derramamento de sangue. É o período das dez perseguições gerais desatadas pelo império romano contra os cristãos que preferiam morrer a renunciar à fiel obediência aos príncipios bíblicos. Este selo começa com a morte do último apóstolo ( São João, fim do século I) e chega até o ano 313, quando Constantino assina em Milção o Edito de Tolerância. Coincide com o período da igreja de Esmirna.
3º Selo: A verdade cai por Terra.
De que cor era o cavalo do terceiro selo?
“Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem ! Então vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão.E ouvi como que que voz no meio dos quatro seres viventes disendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho” Apoc 6:5-6
A igreja que enfrentou lutas para manter a pureza de suas doutrinas e que viu ser derramado o sangue de seus membros por não renunciar a fidelidade, agora é representada pelo preto, antítese do branco. A negrura muitas vezes representa na Santa Bíblia as trevas morais, o pecado, a apostasia, ou o erro. Corresponde ao período que vai desde 313 a 538. São Paulo profetizou acerca do tempo em que se mudariam as doutrinas por um processo de paganização ( Atos 20:27-31; II Tessalonicenses 2:3-6; II Timóteo 4:1-4 ). São Pedro também profetizou como um dia a igreja haveria de se corromper ( II São Pedro 2:1-3 ). A balança, o espírito de comercialização e materialismo que penetraria na igreja. Um dinheiro era o salário de um dia de trabalho, com o qual comprariam apenas 654 g de trigo ou menos de 2 quilos (1.962 g) de cevada.
Isto é o símbolo da tremenda escassez da Palavra de Deus, proibida nesse tempo ( Amós 8:11, 12 ), que produziu fome de ouvir a Palavra. Muitas doutrinas começam a morrer e entram crenças pagâs (Ex.: Em 7 de março de 321, Constantino emite a lei dominical mais antiga que se conhece). A maioria acompanha o processo de deterioração doutrinal. Uns poucos fiéis (remanescentes) seguem respeitando a verdade bíblica. O azeite representa o Espírito Santo ( Zacarias 4:2-6 ). O vinho representa o sangue de Cristo derramado pelos pecadores ( São Mateus 26:27-29 ).
4º Selo…
Que nome tinha o cavaleiro do cavalo amarelo do quarto selo e quem o seguia?
“Quando abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizer: Vem!E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava montado nele chamava-se Morte; e o hades seguia com ele; e foi-lhe dada autoridade sobre a quarta parte da terra, para matar com a espada, e com a fome, e com a peste, e com as feras da terra.”
Apoc 6:7-8
A simbologia expressa a aflição espantosa da época da inquisição predita por Jesus ( São Mateus 24:21 ), também profetizada por Daniel ( Daniel 7:21, 25; 12:7 ) e que será estudada em Apocalipse 13:5 . Corresponde ao período que vai de 538, quando entra em vigéncia o decreto de Justiniano, até 1517, o começo da Reforma. As doutrinas puras são pisoteadas cada vez mais e os cristãos paganizados perseguem implacavelinente o pequeno remanescente fiel à doutrina bíblica.
5º Selo…
Quando se abriu o quinto selo, que viu São João debaixo do altar? Que lhes foi dado?
“Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram.
E clamaram com grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?.
E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda por um pouco de tempo, até que se completasse o número de seus conservos, que haviam de ser mortos, como também eles o foram.” Apoc 6:9-11
No altar de bronze do santuário do Antigo Testamento se ofereceriam os sacrifícios de animais. O sacrifício era queimado e o sangue era derramado na base do altar ( Levítico 4:7 ). A vida ou a alma está no sangue ( Levítico 17:11; Deuteronômio 12:23 ). O símbolo é claro: O sangue dos mártires do pequeno remanescente fiel que não aceitou a paganização doutrinal é derramado como um sacrifício ao pé do altar. Esse sangue simbolicamente clama a Deus, como o fez o sangue de Abel que foi morto por seu irmão ( Gênesis 4:10 ). As vestiduras brancas simbolizam a dignidade que lhes confere a justiça de Cristo ( Apocalipse 19:8; 3:5; 7:14 ). Mas, embora tivessem ganho a vitória em Cristo, deviam descansar na tumba um pouco de tempo até que Jesus venha e lhes dê a recompensa ( Heb. 11:39, 40 ).
O quinto selo cobre o período que vai de 1517 a 1755.
6º Selo: O Fim se Aproxima
O sexto selo culmina com a segunda vinda de Cristo. Por isso podemos adequadamente chamá-lo o tempo do fim.
Quais são os quatro acontecimentos que dão abertura ao sexto selo (tempo do fim)?
“E vi quando abriu o sexto selo, e houve um grande terremoto; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua toda tornou-se como sangue;
e as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira, sacudida por um vento forte, deixa cair os seus figos verdes.” Apoc.6:12-13
O grande terremoto tem sido identificado por muitos teólogos como o grande terremoto de Lisboa, de 1 de novembro de 1755. 0 escurecimento do Sol ocorreu em 19 de maio de 1780. E a Lua se tornou como sangue na noite do mesmo dia. A chuva de estrelas foi em 13 de novembro de 1833. Esses quatro episódios deram origem ao tempo do fim, o qual terminará com a segunda vinda de Cristo.
Por que razão os infiéis rogarão desesperadamente às rochas e às montanhas que caiam sobre eles?
“E o céu recolheu-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
E os reis da terra, e os grandes, e os chefes militares, e os ricos, e os poderosos, e todo escravo, e todo livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos da face daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
porque é vindo o grande dia da ira deles; e quem poderá subsistir?” Apoc 6:14-17.
Diante da segunda vinda de Cristo, aqueles que se ampararam na graça salvadora receberão a vida eterna, aqueles que recusaram a salvação em Cristo terão de enfrentar as circunstâncias. Jesus disse: “Porquanto Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Quem nEle crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” ( São João 3:17,18 ).
Que outros sinais nos ajudarão a distinguir em que altura do tempo do fim nos encontramos?
Embora só Deus o Pai conheça o dia e a hora ( São Mateus 24:36 ) podemos identificar a época. Entre outros muitos sinais para conhecer o tempo do fim, identificaremos os seguintes: Guerras ( São Mateus 24:7 ); grandes calamidades e terremotos ( São Mateus 24:7 ); luta entre o capital e o trabalho ( São Tiago 5:1-8 ); o comportamento social distorcido de nossa época ( II Tirnóteo 3:1-5 ). O último sinal a cumprir-se será a pregação do evangelho em todo o mundo ( São Mateus 24:14 ). Esses sinais nos permitem conhecer a época em que virá Jesus. Em São Lucas 21:28 Jesus nos dá Seu sábio conselho para este tempo.
EIS QUE VEM COM AS NUVENS
“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém” Apoc1:7
Antes de abrir-se o sétimo selo (a segunda vinda de Cristo) Jesus interrompe a profecia e dedica todo o capítulo 7 para explicar-nos quem são os que serão salvos. Que farão os anjos nas frontes dos servos de Deus?
“E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, tendo o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, quem fora dado que danificassem a terra e o mar,
dizendo: Não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que selemos na sua fronte os servos do nosso Deus.”Apoc 7:2-3
Que viu São João acontecer no Céu ao abrir-se o sétimo selo?
“Quando abriu o sétimo selo, fez-se silêncio no céu, quase por meia hora.” Apoc 8:1.
Esse silêncio se produzirá por ocasião da segunda vinda de Cristo, quando os anjos virão com Jesus ( São Mateus 25:31 ). Alguns têm aplicado a essa meia hora o princípio profético de dia-ano e dizem que poderá representar uma semana literal.

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